quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A morte virou lugar-comum

OPINIÃO: Arnaldo Jabor.


Só se fala em morte, hoje em dia. Quantos morreram hoje na Síria? Só 130? Ontem foram 200. E na periferia de São Paulo, quantas chacinas? Só duas, com alguns feridos? Quando Hannah Arendt cunhou a expressão "banalidade do mal", ela não imaginava como a morte se tornou um fato corriqueiro no mundo atual, sem os trágicos acordes do Holocausto. Talvez haja nas matanças banais um desejo de desvendar o mistério da morte, bem lá no fundo do inconsciente.

Para além de vinganças, busca de poder ou dinheiro, ódio puro, prazer, há a vontade de 'naturalizar' a morte, de modo que ela deixe de ser a implacável ceifadora.

Tenho certeza de que os assassinos que passam de moto e metralham inocentes não têm consciência da gravidade de seus feitos - apenas mais um dia divertido de violências. Os filmes americanos buscam o tempo todo essa banalidade: tiros súbitos sem piedade, jorros de sangue ornamentais, a beleza fálica das superarmas automáticas. Nos brutos filmes de ação, nos videogames, nas notícias bombásticas de tragédias há um claro desejo de esquecer a morte, mostrando-a sem parar. Um desejo de matar a morte. Um desejo de entendê-la pela repetição compulsiva. Mas, nunca conseguiremos exorcizá-la, porque quando ela chega não estamos mais aqui. Gilberto Gil fez uma música genial sobre a morte, onde ele canta, numa toada fúnebre:

"A morte já é depois/ já não haverá ninguém/ como eu aqui agora/ pensando sobre o além. / Já não haverá o além/ o além já será então/ não terei pé nem cabeça/ nem fígado, nem pulmão/ como poderei ter medo/ se não terei coração?" É isso. Só se pode falar da morte pela ausência. Nós apenas saímos do ar. Desaparecemos.

Ela é tão banal que inventamos solenes rituais para dar-lhe consistência, religiões ou crenças materialistas para nos consolar: "O universo é a eternidade. Deus é o universo, a substância. Ele está nas galáxias e no orgasmo, nos buracos negros e no coração batendo..." "Grandes merdas" - penso hoje -, pois quando ela chega acaba a literatura. Aliás, falar sobre a morte também é um lugar-comum - mas agora, é tarde demais para mim -, tenho de ir em frente. Até o grande Guimarães Rosa caiu nessa: "Morremos para provar que vivemos". O Nelson Rodrigues me perguntava sempre: "Pelo amor de Deus, me explica essa frase! E qual a profundidade de "Viver é muito perigoso?"

A morte só tem "antes", não tem "depois" - no Ivan Ilitch, do Tolstoi, quando ela chega, acaba o conto. Ele diz no instante final: "A morte acabou". Dizem que o Muhammad Atta, o terrorista que comandou o ataque às torres de NY, era ateu, mas queria conhecer aquele instante que separava o avião da torre erguida. A morte não está nem aí para nós; ela tem "vida própria". A gente vai para um lado, o corpo para o outro. Ela nos ignora, nossos méritos, nossas obras. Mais um lugarzinho comum: "Só nos resta viver da melhor maneira possível até o fim. Tem mais é que curtir, gente boa..." Pois é; há muitos anos, pegou fogo no edifício Joelma em São Paulo, torrando dezenas de infelizes. Do prédio em frente, as teleobjetivas fotografaram todas as agonias. Até hoje, lembro-me da foto em cores de um homem de terno, pastinha 007, agachado numa janela do 20.º andar, com o fogo às costas. Seu rosto mostrava a dúvida: "O que é melhor para mim? Morrer queimado ou me jogar?" Ele curtiu até o fim - e se jogou.

O que me chateia é ficar desatualizado. As notícias vão rolar e eu nada saberei. Haverá crises mundiais, filmes que estreiam, músicas novas, e eu ficarei lá embaixo, sem saber das novidades. É insuportável a desinformação dos falecidos.

Meu avô me disse uma vez: "Acho triste morrer, seu Arnaldinho, porque nunca mais vou ver a Av. Rio Branco..." Isso me emocionou, pois ele ia diariamente ao centro da cidade, onde tomava um refresco de coco na Casa Simpatia. Por isso, quando me penso morto, eu, que não irei ao meu enterro, de que terei saudades? Ou melhor, que saudades teria se as pudesse ter?

Não terei saudades de grandes amores, de megashows da vida de hoje, excessiva e incessante. Não. Debaixo da terra, terei saudades de irrelevâncias essenciais, terei saudades de algumas tardes nubladas de domingo que só o carioca percebe, tudo parado, com os urubus dormindo na perna do vento, como dizia o sempre presente Tom, do radinho do porteiro ouvindo o jogo, terei saudades do cafezinho nas beiras dos botequins, de certos tons de roxo e rosa em Ipanema antes da noite cair, saudades do cafajestismo poético dos cariocas, saudades dos raros instantes sem medo ou culpa, de alguns momentos de felicidade profunda, sem motivo, apenas pela gratidão de respirar. Não terei saudades dos fatos e notícias, nada do mundo febril; só a quietude, o silêncio entre amigos na paz de um bar, papos de cinéfilo, risos proletários e camaradagem de subúrbio, do samba que nos envolve nas rodas pobres com a alegre sabedoria da desesperança, da Lapa, da Av. Paulista de noite, do jazz, pernas cruzadas de mulheres inatingíveis, terrenos baldios de minha infância, saudades da literatura, do prazer da arte, Fellini, Shakespeare, de Cantando na Chuva - o maior hino da alegria americana, saudades de Fred Astaire dançando Begin the Beguine com Eleanor Powell, felizes para sempre dentro do universo estrelado.

Há várias mortes. Há brutas tragédias, fomes e bombas, horrendos desastres, mas, na morte óbvia, comum, caseira, só temos duas escolhas: súbita ou lenta.

Você, frágil leitor, qual delas prefere? O rápido apagar do "abajur lilás" de um ataque cardíaco ou o lento esvair da vida, sumindo com morfina? Se eu pudesse escolher, queria morrer como o velho Zorba, o grego, em pé, na janela, olhando a paisagem iluminada pelo sol da manhã. E, como ele, dando um berro de despedida.


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

10 Mentiras que muita gente acredita


1 –  As bombas nucleares dos EUA podem destruir a terra
É MENTIRAUsar todos esses armamentos nucleares acabaria com todo o tipo de vida na terra, mas não causaria nem um único arranhão no planeta terra. O físico Urias Takatohi calculou que, para destruir uma fina camada de 10 cm do planeta terra seria necessário explodir mais de 10 milhões de bombas de 70 megatons, 5mil vezes mais forte que a bomba que destruiu Hiroshima.
2 – Acordar um sonâmbulo pode matá-lo
É MENTIRA”É muito difícil acordar um sonâmbulo, porque ele está na fase mais profunda do sono” diz o neurologista Luiz Celso Vilanoca, da Universidade Federal de São Paulo. Portanto, se você conseguir acordar um sonâmbulo, ele acordará confuso por não saber onde está ou o que está acontecendo. Se você encontrar um sonâmbulo por aí o melhor é levá-lo devolta à cama.
3- Tomar leite com manga faz mal
É MENTIRAPara quem não sabe uma vitamina de manga batida com leite contém muitas proteínas e vitaminas e não faz mal, mas sim bem. Essa história foi inventada há muito tempo atrás no período do Brasil colonial onde os patrões diziam para os escravos – que comiam muita manga – que fazer essa mistura não faria bem. O leite naquele tempo era uma iguaria rara e cara.


4- Olhos claros são mais sensíveis à luz
É MENTIRA: Os pigmentos responsáveis pela cor dos olhos não tem nenhuma relação com a sensibilidade do olho em relação à luz. No interior do olho existe a retina e nessa retina podemos encontrar as células fotossensíveis (cones e bastonetes)Quando algum problema acontece com essas células, ocorre a fotofobia que é o incomodo que a luz provoca. Essa mito deve ter se popularizado pelo fato da retina dos olhos dos albinos não possuírem alguns pigmentos que auxiliam os cones e bastonetes na captação da luz.
5- A amazônia é o pulmão do planeta
É MENTIRA:  Esse título não deveria ser atribuído à Amazonia, mas sim para as algas marinhas pois elas são as responsáveis por produzirem a maior parte do oxigênio que circula na nossa atmosfera; cerca de 55%. A vegetação terrestre das florestas e bosques tem uma porcentagem de 45% de importância nessa produção. As algas, assim como as árvores, também consomem oxigênio, mas numa quantidade bem menor. A superfície do planeta terra é coberto em 70% por mares e oceanos, portanto, nada mais comum que o pulmão esteja no mar.

6- Os escorpiões cometem suicídio quando se sentem em perigo
É MENTIRAVamos imaginar que um escorpião está preso em um círculo de fogo, na alta temperatura que o escorpião está sentido ele perde o controle de sua cauda e que parece perfurá-lo, mas a verdade é que ele morre de desidratação, mas não por suicídio.

7 – Beber água com açúcar acalma
É MENTIRAAo contrário do que muitos pensam o açúcar não acalma, pois ele é uma fonte de energia. Portanto, o açúcar só serviria na forma de calmante se fosse dado para alguém que esteja há muito tempo sem comer; conforme a fome aumenta, o corpo da pessoa libera adrenalina provocando tremedeira, suadouro e etc. Então nesse caso só dê água com açúcar com o objetivo de acalmar alguém que esteja morrendo de fome. Há receitas que realmente pode acalmar os nervos como por exemplo: um chá de camomila ou de erva cidreira.

8- A cor vermelha irrita o touro
É MENTIRAO touro não possui cones nos olhos, que são as células responsáveis por captar cores. Portanto, o touro só consegue enxergar em preto e branco e não existe cor que o incomode; o que lhe incomoda é a agitação da capa do toureiro.

9- Os negros não tem câncer de pele
É MENTIRAAs pessoas que tem uma pele mais escura são mais resistentes aos raios ultravioleta do sol, mas mesmo assim não estão imunes ao câncer de pele. São poucos os casos de pessoas negras com câncer, mas quando acontece costumam ser fatais. Os negros se expõem ao sol com menos proteção e demora para notar o câncer.

10- Alimentos diet tem menos calorias
É MENTIRAA principal função de um alimento diet é que ele tenha menos açúcar e que sirva especialmente para pessoas diabéticas. Produtos diet eliminam alguns ingredientes para atender especialmente este tipo de consumidor. Chocolates diet não são menos calóricos apenas por não conter muito açúcar, mas são muito mais calóricos que os normais pois possuem mais gordura. Um grama de gordura tem 9 calorias, enquanto um grama de açúcar tem apenas 4 calorias.




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Folia.





Se tem uma coisa que não me inspira o menor interesse é carnaval, bloco, desfile. 
Não me empolgo mesmo, acho chato, não me conecto com a perda de sentidos coletiva, 
nem sinto vontade de me conectar. 









Todo aquele dinheiro desperdiçado, 
aquele povo todo distraído nas ruas,
som alto demais, 
a mistura de suor, mijo e cerveja choca rescendendo...

Brigas e o convite para ser mal-educado e fazer 'o que quiser, pois afinal é carnaval'...e aquele infinito discurso sobre a alegria dos foliões, sobre folia (que é derivado de 'loucura', em francês)...



é demais pra mim. 



Preciso de uma cabana no mato... com meu amor e só.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A GENTE "SABEMOS" MUITO MAIS



NOCAUTEAR UMA PESSOA NÃO É TÃO SIMPLES.
Acontece em muitos filmes, basta um soco no rosto e a pessoa cai desmaiada no chão. Para os mocinhos metidos a 'exercito de 1 homem só' isso é um tremendo poupa tempo quando estão cercados por varios inimigos, 1 soco e eles caem e não se levantam mais. Há mulheres que desmaiam depois de um simples tapa na cara.

NO ESPAÇO TODO MUNDO TE OUVE.
Tiros e explosões estão ecoando pelas caixas de som do cinema quando as batalhas espaciais acontecem. Mas como é que o som viaja pelo vácuo do universo? Dê um desconto, afinal ver filmes de batalhas espaciais com o 'mute' da tv ligado, só para garantir algum realismo, seria muito chato.
O TEMPO NÃO PASSA, ELE SE ARRASTA.
Na próxima vez que você se deparar com uma bomba relógio num filme, acerte seu cronometro. As bombas relógio podem ir de 15 minutos a 10 em 5 segundos, mas a maioria delas anda mesmo muito devagar. Até os tais 10 segundos finais antes da explosão (mais fácil de se contar enquanto você vê o filme) podem durar meio minuto.
WOODY ALLEN NÃO É BRAD PITT.
Woody não faz filmes de ficção científica, mas em cada filme que ele escreve barra produz barra dirige e atua há sempre uma ou duas mulheres que disputam o cara a tapa. Ele é irresistível em seus filmes. Isso é algo tão surreal em suas produções que a gente até perdoa por conta de um bom roteiro.
HUMANOS NÃO RESPIRAM AR.
Faça o teste, você está vendo um filme e um dos personagens entrou na água, nesse exato momento você prende a respiração junto com ele, o cara faz um bocado de coisas lá embaixo e só vai subir á superfície quando a tarefa acabar. E você? vai conseguir prender o ar durante todo esse tempo?
TUDO É "EXPLODÍVEL".
Após o acidente o carro tombou, saia correndo de dentro dele antes que ele exploda. Um caminhão de leite tombou e há leite espalhado pelo asfalto, CORRA! bateu com o triclico no poste? CABRUMM! Se na vida real fosse assim também não teríamos problemas com congestionamentos, basta um carro bater na traseira de outro que a explosão vai limpar a pista.

COMER ESPINAFRE NÃO VAI TE DAR FORÇA SOBRE HUMANA.
Fazer crianças de bobas para que comam verduras não é politicamente correto. Basta uma mordida para ver que o espinafre é horrível, imagine virar uma lata na goela.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Love, JuliWHAT?


Todo mundo acha isso tão romântico: Romeu e Julieta, amor verdadeiro… que triste. Se Julieta foi burra o bastante para se apaixonar pelo inimigo(da família), beber uma garrafa de veneno e ir repousar num mausoléu, então ela teve o que merecia.
E até hoje, eu acredito que na maior parte do tempo, o amor é uma questão de escolhas. É questão de tirar os venenos e as adagas da frente e criar o seu próprio final feliz… na maior parte do tempo. E às vezes, apesar de todas suas melhores escolhas e intenções… o destino vence de qualquer forma.